terça-feira, 20 de agosto de 2013

Porque a pipoca é mais gostosa no cinema - ou alguns devaneios sobre a apropriação cultural do alimento

Acaba tudo antes do filme #chateada

Antes de tudo, uma definição válida: 
 
SABER E SABOR: Palavras derivadas do latim Sapor, "sabor", relacionado ao verbo Sapere que tanto significa "ter/sentir gosto" como "compreender, saber".


Sou muito afeita da culinária, e um dos meus hobbies favoritos com meu namorado é aprender a cozinhar algo novo a cada final de semana.

Nos nossos roteiros culinários que sempre fazemos também, sempre volto pra casa prometendo-me aprender a fazer as coisas que como em certos eventos. A surpresa é que eu posso seguir quantas receitas forem necessárias, que a sensação não vai ser a mesma, e o sabor muito menos.


Já tendo consciência das diversas dimensões do alimento, vejo que o ambiente e o contexto são fatores determinantes na assimilação de cada alimento. E que existe um fator cultural muito forte envolvendo isso. Já comprovei: pipoca de cinema, hamburgão de show, água de coco de quiosque de praia e outros alimentos são incrivelmente mais saborosos, me deixando sempre mais satisfeita e com um bem estar enorme.

Embora não tenha tido nenhuma matéria até agora abordando especificamente as dimensões culturais do alimento, só posso concluir que como seres humanos adoramos não só o alimento, mas também os rituais que envolvem seu preparo e consumo. Que junto daquilo que comemos, incorporamos também muito de cultura, tornando nossas vidas mais ricas.

REFERÊNCIAS:
http://origemdapalavra.com.br/palavras/sabor/

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Processo saúde-doença

Depois da aula de hoje fiquei pensando sobre a quantidade de conceitos relevantes que conhecemos, mas pouco paramos pra pensar.

O que define uma pessoa doente?
O que alguém precisa pra se considerar saudável?
Nós conseguimos ser 100% saudáveis? E doentes?

A Organização Mundial da Saúde preconiza uma "situação de perfeito bem-estar físico, mental e social". Bom, se for assim, lascou-se

Seguindo essa lógica, quem vive em São Paulo, por exemplo, tá condenado a nunca ser saudável, por mais que se alimente bem e pratique exercícios, pois as condições climáticas da cidade são sofríveis na maior parte do tempo, sempre há problemas de trânsito dos quais é difícil ficar ileso, e percebe-se o distanciamento e o isolamento crônico nas pessoas que vivem em metrópoles.

Então, a partir dos diálogos, leituras e debates propostos, chegamos à rápida conclusão que Saúde é um conceito multifatorial, e que não dá pra ser totalmente doente ou são. Logo, uma situação não exclui a outra.

Nesse contexto, pesquisei mais sobre a epidemiologia, e descobri sua importância ao perceber que ela considera o máximo de características que podem influenciar no processo saúde/doença, elaborando estratégias a partir dos dados levantados e deixando para trás a ideologia unifatorial de "um agente, uma doença".

Quanto mais se pensa a respeito, mais fatores determinantes surgem: produtos de uma sociedade convulsivamente inconstante.


Sendo assim, como vou atuar visando a saúde de uma pessoa considerando só o aspecto biológico? À medida que a sociedade vai transformando-se, tecnologizando-se e tendo mais acesso a tudo, como posso me dar ao luxo de achar que como nutricionista poderei impor um roteiro de dieta sem pensar na individualidade da pessoa? Se for fazer uma analogia, do mesmo jeito que a saúde depende de vários fatores, a escolha do alimento também. Estamos lidando com histórias de vida complexas e rotinas que mudam incrivelmente de pessoa pra pessoa.

Chegando em casa, fui pesquisar mais a respeito e achei alguns artigos¹ que confirmam a ideia da multifatorialidade na construção da saúde. O artigo em questão afirma a influência do contexto urbano na saúde humana, e a forma como políticas públicas podem ser inclusas nesse meio, afetando positivamente a população.

Mas agora eu continuo com dúvidas. Como o nutricionista pode colaborar para uma implantação eficiente de políticas públicas? Como agir visando um bem estar em mais de uma pessoa, expandindo-me além do consultório e do atendimento individual?

Porque convenhamos, apesar de não podermos conseguir um quadro de saúde plena, queremos reduzir ao máximo os transtornos e limitações que as doenças nos causam.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Comida, comida, comida!

Muito prazer!

Me chamo Verônica, sou aluna do primeiro ano de Nutrição na Faculdade de Saúde Pública da USP, e sou mais conhecida por Magali desde o dia da matrícula. Nada contra o nome, afinal, é um prazer honrá-lo com a infinidade de passeios gastronômicos, debates culinários diários, reclamações constantes de fome, criações (e degustações) de pratos e, sobretudo, fome de conhecer mais lugares novos e diferentes para me dedicar ao meu hobbie favorito. NHAM!

Profissão dos sonhos.



E foi dando tanta atenção para o ato de se alimentar, notando a forma como a vida das pessoas é diretamente influenciada pelos seus hábitos alimentares, que comecei a pensar na Nutrição como possível carreira-da-minha-vida. Quando me dei conta que poderia usar os conhecimentos para tornar a vida das pessoas melhor através da alimentação, me decidi, comecei o curso, me apaixonei, e fiquei por aqui.

Primeira aula de Atividade Integradora do semestre. Debate sobre alimentação adequada.

Não, não pretendo tornar o portfólio um diário. Focarei minhas postagens acerca do que achar relevante para a matéria durante minhas reflexões cotidianas. Com tanta disposição para me dedicar à [minha própria] alimentação, prevejo que será uma delícia fazer esse trabalho. =)