sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A importância da compreensão da rotulagem nutricional

Geléias: Garantindo seu Diabetes num futuro próximo 
- e sem que você perceba.
O tema foi abordado por pelo menos três disciplinas diferentes, sob aspectos diferentes: Bromatologia, Produção e Composição de Alimentos e atividade integradora.
 Me dei conta do quanto é ridículo noções tão básicas sobre a composição da rotulagem dos alimentos e as regras que se impõem na listagem dos ingredientes ser desconhecida por quase todos - eu não fazia ideia de uma série de coisas, como por exemplo a ordem dos ingredientes ser definida em ordem decrescente de quantidade. Por conta desse desconhecimento grande parte das indústrias de alimentos se utilizam de estratégias para venderem um produto com alegações enganosas.

Acho absurdo a forma como a listagem dos ingredientes e do rótulo não seja obrigatória em todos os países, isso é uma questão de saúde pública. Como uma pessoa poderá cuidar efetivamente de sua saúde se não tem como conhecer aquilo que ela compra? 

É direito do consumidor ter uma série de informações explícitas na embalagem do produto, ao passo que tem se desenvolvido métodos analíticos cada vez mais eficientes para determinar a real composição nutricional do alimento e as estatísticas apontam que a maioria das pessoas de fato lê o rótulo. O problema nisso é que não o compreendem, então, de quem é a culpa por isso? Pessoas estão comprando barrinhas de cereais mas ingerem quantidades elevadas de açúcar enquanto acham que estão ingerindo sobretudo fibras.

Sabemos que o nutricionista tem um papel muito importante na orientação do paciente, sobretudo na elaboração de cardápios e dietas, mas eu não concordo que as pessoas dependam de uma consultoria para aprender a interpretar rótulos e se proteger de propagandas enganosas e abusivas, já que o governo não consegue a curto prazo elaborar e implantar políticas rigorosas sobre a rotulagem e informação nutricional. Ainda assim, as medidas que são tomadas são sempre favoráveis ao consumidor. A partir do ano que vem, por exemplo, por determinação da ANVISA os produtos com alegações de "não contém", "fonte de" e "rico em" precisarão cumprir exigências mais rigorosas para poderem ter o direito de usar tais alegações. A medida valerá para nutrientes como fibras, ômega 3, 6 e 9 e o sal. As empresas que não se adequarem serão multadas.

Medidas como essas são importantes, mas reitero sobre a importância de uma alfabetização da população a respeito do tema, afinal aquilo que se ingere afeta diretamente a saúde do consumidor a longo prazo, e é inadmissível que não se disponibilize as ferramentas necessárias para que ele possa conhecer de fato seu alimento. Sou da linha de que até mesmo os agrotóxicos usados no cultivo dos alimentos/ingredientes deveria ser especificado, já que os mesmos podem ser considerados como "aditivos acidentais", pelo que aprendi em Composição de Alimentos.

Bom, pelo menos eu fiquei sabendo de uma iniciativa por parte de nutricionistas de ampliar a discussão e o esclarecimento à população através de um site, deveras útil, o qual inclusive me ajuda a estudar pras provas sobre composição de alimentos. Ei-lo: http://fechandoziper.com/
E poderia até dizer que existem outras iniciativas como esta, as redes sociais também cumprem papel importante ao menos na denúncia de abusos, como por exemplo a página Fato Rápido, da qual tirei a imagem do início do texto. 


REFERÊNCIA
http://www.dgabc.com.br/Noticia/72750/rotulos-de-alimentos-possuem-novas-regras

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